terça-feira, 28 de setembro de 2010

Heather parou e encarou o vampiro que a observava falar. Ele vestia apenas as calças de tecido bege, sem camisa e descalço. Ela então pode vê-lo, e enxergá-lo à luz. Henry no observatório estava na penumbra, e parecia feito de prata, iluminado pelo luar. Henry em seu quarto parecia uma sombra, ela não conseguia vê-lo, apenas tocá-lo. E naquele momento ele parecia tão real, e tão humano. Ela jamais poderia dizer que ele era um vampiro se não soubesse. O peito definido como se ele costumasse exercitar-se, permeado com fios escuros, em quantidade suficiente, que desciam por toda a extensão de seu tórax até a barriga, desaparecendo cuidadosamente no cós da calça; os braços estendidos e também definidos; os pés perfeitamente desenhados, meio escondidos pelo corte impecável da bainha; os olhos negros profundos e vívidos, que expressavam toda a ansiedade que ele sentia; os lábios pálidos de desenho, que não estavam tão pálidos naquele momento, e que se retorciam enquanto as mãos estavam guardadas nos bolsos; os cabelos da mesma cor dos olhos, tão escuros quanto a noite sem estrelas, levemente ondulados com uma ou duas mechas a caírem por sua testa lisa. Heather considerou se ele era mesmo real, porque ela não conseguia imaginar alguém real sendo tão Henry.

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